25/09/11

Spartakus: a revolta dos escravos

[Post publicado por Leonor Areal no 15outubro.info e censurado pelo que resta dos promotores originais da manifestação em Lisboa, por considerarem o vídeo citado no post demasiado bélico; além disso vêem-se as maminhas de vários personagens.]

Portugal foi ocupado pelas forças do Neoliberalismo. O império das grandes empresas financeiras tenta destruir os direitos dos Portugueses, comprar as suas lucrativas empresas públicas muito baratas e canalizar o dinheiro dos seus impostos para pagar tributo aos Bancos Alemães, Americanos e Chineses. Portugal é ocupado e destruído lentamente, para ser reduzido a uma escravatura lenta e insidiosa.

Todo? Não.

Um grupo de valentes guerreiros resiste ainda.




Vídeo de Miguel Gomes

10/09/11

Manifesto anti-SIS e protesto

Basta de SIS! PUM basta!
O SIS pinga ranho do nariz.
O SIS cheira mal dos pés.
O SIS está cheio de pides.
Os pides estão cheios de sis.
O SIS tem um armazém cheio de notas de vintes.
O SIS dá ASAE e não gosta de broas de Avintes.
O SIS papa jornalistas ao pequeno-almoço e ao jantar caga bufos.
O SIS está entre nós, traz na mão uma filhós, mas é só para disfarçar, porque ele quer é ouvir a nossa voz.
O SIS foi inventado pela vizinha do lado, que passa a vida à coca da conversa dos condóminos.
Quando o SIS era pequenino caiu de cabeça numa pia parlamentária e ficou com disfunção urinária.
O SIS tem cartão de crédito com um número secreto que ele próprio esconde no recto.
PUM no SIS!
Quando o SIS chora, a gente ri. Quando o SIS ri, PIM no SIS!
Morra o SIS morra!
Uma geração que consente deixar-se espiar pelo SIS é uma geração que nunca o foi, é um coio de choninhas, de indignos e de invisuais.
Se o SIS não tivesse sido inventado, a Terra giraria ao contrário, o trigo cresceria para baixo, as rodas seriam quadradas, mas ao menos o Sol brilharia para todos nós.

O SIS é chunga!
O SIS é avoengo, bacoco e gonorreico.
A vós egrégios avós, a nós dêem-nos voz, e morra o SIS, morra! PIM!
E ainda há quem lhe estenda a mão, e lhe lave a roupa suja em mesas redondas televisivas, mal moderadas por jornaleiros re-mediados.
O SIS não está no Facebook porque o Facebook ainda não aceita redes de inimigos.
Se o SIS é português, eu quero ser líbio.
O SIS é PIMBA!

Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia – se é que a sua cegueira não é incurável – e então gritará connosco a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado.

MORRA O SIS, MORRA, PIM!

08/09/11

A censura aperta

De repente tornou-se evidente, mesmo para os mais cépticos, que estamos a viver uma época de grande cerco censório e crescente repressão.

Passado um período inicial de surpresa e estupor, em que os poderes públicos europeus levaram o seu tempo a perceber o papel crucial dos novos meios de comunicação digital e das redes sociais nas acções de protesto e resistência civil, a censura e as escutas foram reinstauradas.

Os governos e serviços secretos europeus acordaram para a realidade há algum tempo – sobretudo depois das revoluções no Norte de África – e deixaram de brincar em serviço.

A censura camuflada, oficialmente não existente, é muito difícil de expor e denunciar perante a maioria da população. Sem dúvida era mais fácil no tempo da ditadura, quando a censura e a polícia política eram institucionalizadas, criadas por decreto e chamadas pelos nomes, sem rebuço.

O número de activistas sujeitos a escuta telefónica desde o 12 de Março (ou antes) é assustador. Aliás, uma só escuta que fosse já seria assustadora quanto baste.
Nos últimos meses vários sites (pacíficos) de esquerda em diversas partes da Europa foram bloqueados e perseguidos.
Nos últimos dias têm-se acumulado as provas de censura nas páginas do FaceBook e de blogs dinamizadas por pessoas ligadas aos movimentos sociais em Portugal. Algumas dessas páginas foram suspensas sob a acusação (totalmente infundada) de spam – quando na verdade se limitaram a fazer eco de artigos de jornal onde certos assuntos eram denunciados. Este blog que estão a ler viu esta semana os seus últimos artigos censurados nos feeds doutros blogs. Muitas páginas funcionam mal, ficam misteriosamente offline durante longos períodos, etc.

Noutros casos, por exemplo quando se publicitam convocações de manifestações de protesto, as datas são alteradas. Tentamos corrigi-las, voltam a ser alteradas. É um processo de censura sofisticado – alterar em vez de bloquear.

Assim, por exemplo, numa certa página, a data de convocação da MANIFESTAÇÃO DOS PROFESSORES em Lisboa, marcada para o ROSSIO, DEZ DE SETEMBRO, foi sucessiva e misteriosamente alterada para o dia seguinte.

Trata-se duma subtil mistura de censura e contra-informação, como mandam os manuais de antiguerrilha criados pela França durante a guerra de independência da Argélia e ainda hoje actuais (aliás, nessa época até os agentes secretos americanos foram tirar cursos a França).

É de crer que a nossa resposta a este novo tipo de ditadura terá de recorrer por um lado ao uso dos novos meios de comunicação digital e em rede (inestimáveis), temperado com uma enorme dose de imaginação para ludibriar a censura, como se fazia antes do 25 de Abril de 1974; por outro, a velhos métodos mais ou menos artesanais de propaganda e comunicação, adaptados aos tempos modernos.

É urgente que os movimentos cívicos e de resistência montem os seus sites de forma autónoma, fora de plataformas altamente controladas como o Blogspot e o Facebook; e que as pessoas interessadas em lê-los instalem redes virtuais seguras (que permitem evitar a maioria das intromissões do Estado e das grandes empresas) – infelizmente, tornar um computador pessoal seguro exige bastantes conhecimentos técnicos.

Está na altura de começarmos a fazer cursos intensivos, clandestinos, de segurança – como nos «velhos tempos».

------------------------------
P.S.: 24 horas depois da publicação deste artigo, os feeds do blog voltaram a funcionar.

07/09/11

SIS e outros postos offline

O grupo de acção Lulz Security Portugal teve a gentileza de colocar offline alguns sites.

Agradecemos encarecidamente e aguardamos que este pequeno aviso seja seguido de medidas ainda mais drásticas - ainda que seja difícil igualar o ataque das medidas de austeridade impostas ao povo português.

Cópia da página do Lulz Security Portugal:

Lista de sites que gentilmente foram colocados offline
(05/Set/2011)


http://www.idn.gov.pt/index.php - Instituto da Defesa Nacional
 
http://www.sis.pt/index.html - Serviço de Informações de Segurança
 
http://www.ceger.gov.pt - Centro de Gestão da Rede Informática do Governo
 
http://www.psd.pt/ - Partido Social Democrata (em presidencia actualmente)
 
http://www.cds.pt/ - CDS PARTIDO POPULAR
 
http://www.ps.pt - Partido Socialista
 
http://bolsa.sic.pt - Bolsa de Valores
 
http://www.parlamento.pt - Parlamento 



Vídeo de apresentação do Lulzsecportugal:

05/09/11

Passos Coelho tira incêndios da cartola

O primeiro-ministro lançou ontem (04-09-2011) um forte aviso «àqueles que pensam que podem incendiar as ruas» e trazer «o tumulto» para o país e em jeito de ameaça avisou que o Governo não permitirá esse caminho e saberá decidir quando necessário.
(Ver notícia na fonte.)
As declarações do primeiro-ministro deixam entrever o seu verdadeiro carácter político. O Offxore até lhe ofereceu um bigodinho.

Recordemos o seguinte:
  1. Ninguém andou a incendiar as ruas. De que cartola tirou o primeiro-ministro esta ideia peregrina?
  2. Até agora a única pessoa que ameaçou tomar atitudes violentas foi o primeiro-ministro.
  3. Os movimentos sociais portugueses, os promotores do Manifesto 15 de Outubro e os apoiantes da manifestação na mesma data têm afirmado à exaustão a sua determinação pacífica.
  4. Se, excluída qualquer intenção violenta por parte dos movimentos sociais, Passos Coelho insiste em fazer ameaças de repressão, temos de concluir pelas tendências autoritárias do primeiro-ministro.