30/07/13

Greve e desobediência cívica contra a CML

A CML (Câmara Municipal de Lisboa) comporta-se desde há muitos anos como uma associação de gangsters especializados em extorquirem dinheiro dos contribuintes, destruírem o que de melhor foi acumulado e herdado na cultura popular e urbana local, e favorecerem obscuros os interesses privados. É uma espécie de Máfia instituída ao abrigo da lei.

A lista de barbaridades cometidas é tão extensa, que neste momento é já muito difícil fazer um dossier completo das políticas municipais, suas ligações aos interesses privados e suas consequências. Esse dossier, no entanto, tem de ser feito, mais cedo ou mais tarde, sob pena de jamais conseguirmos avaliar devidamente o que a cidade perdeu, o que foi destruído, o que ainda pode ser recuperado e as responsabilidades processuais e criminais envolvidas - embora, na verdade, muitas das perdas culturais e patrimoniais sejam irrecuperáveis.

Entretanto, aqui vai uma brevíssima lista de crimes cometidos pela CML, a título de exemplo:

25/07/13

Regulamentação da lei do cinema – palavra chave: negócio

Em Setembro de 2012 foi aprovada a nova Lei do Cinema (Lei n.º 55/2012), que «estabelece os princípios de acção do Estado no quadro do fomento, desenvolvimento e protecção da arte do cinema e das actividades cinematográficas e audiovisuais». Como acontece frequentemente, esta lei não pode ser aplicada sem que sejam definidos, regulamentados e criados, através de decreto-lei específico, muitos dos mecanismos genericamente definidos na lei principal.


Há um ano que a Lei do Cinema repousava numa gaveta, à espera de regulamentação. Há mais de um ano que os profissionais e criadores do cinema português viviam num limbo, à espera que a lei do cinema ressuscitasse do seu sono de bela adormecida. Finalmente, o decreto-lei regulamentador baixou ao parlamento. Baixou, mas imediatamente levantou alguns espantos – uns mais previsíveis, outros menos.

19/07/13

Mandem lá calar esse velho jarreta!

Como se explica que um trafulha incompetente como o sr. Henrique Medina Carreira, que nunca apresentou um único número ou gráfico fidedigno, que não entende absolutamente nada de economia política, que tem tiradas dignas dos arquitectos da eugenia hitleriana, tenha durante anos a fio 50 minutos de antena semanais e dirija um programa em que a entrevistadora e os editores nitidamente não passam de figuras decorativas?

17/07/13

Um povo inteiro de fralda


Tem medo o presidente, tem medo o PS, tem medo a oposição de esquerda, tem medo a direita; tem medo o trabalhador, tem medo o precário, tem medo o desempregado. Toda a gente tem medo. Não por realismo. Apenas por cobardia.

Todos andam de fralda, por via de não se borrarem.

Dois parolos tacanhos sentados à mesa da RTP às 10 da noite urram de pânico

Dois parolos detentores ostensivos de tacanhez indómita, um respondendo ao nome de José Matos Correia e outro nem sei por que nome, deram às câmaras da RTP-notícias um enervante concerto de latidos e rosnidos. Pertencem ambos a uma elite de provincianos munidos de diploma com que ensopam no sovaco os suores frios. Em tudo fazem lembrar mortos-vivos foragidos duma campa de meados do século XIX, ou velhas caricaturas literárias da mesma época, tal é a incapacidade que têm de disfarçar os jogos de camarilha e compadrio que subservem com descaro façanhudo.