05/05/15

O militante fetichista

Há militantes que são chatos profissionais, uma espécie de variantes das testemunhas de Jeová que ao domingo, nas nossas manhãs de justo descanso semanal, costumavam vir desassossegar-nos dos lençóis.

O que é um chato, afinal? É um doente mental, uma vítima das obsessões; uma pessoa sujeita a compulsões incontroláveis e que, faça sol ou faça chuva, seja festa ou velório, nos vem maçar com argumentos e convicções despropositadas e recorrentes.

O militante chato é um fetichista.

01/05/15

Greve dos pilotos da TAP – ejecção ou dejecção?




Apenas existe uma maneira de administrar serviços de interesse público: dando-lhes a natureza de departamento público, empresa pública sem fins lucrativos, nacionalizada, socializada, ou outra variante afim. Significa isto gerir os serviços em questão com espírito de missão pública.
Apenas existe uma maneira de administrar uma empresa privada: colocando-a ao serviço dos interesses dos accionistas. Significa isto buscar a maximização do lucro, doa a quem doer.
Estes dois tipos de administração são totalmente incompatíveis entre si. Se alguém vos tem dito o contrário, enganou-vos. Depois da cegonha, do Pai Natal e da Dona Branca, este é certamente o último grande mito à face da Terra.
A administração, toda e qualquer administração, pode ser excelente, boa, má ou desastrosa – e esse é o único aspecto que a gestão pública partilha com a gestão privada. Contudo, a qualidade administrativa é um problema que resulta de factores circunstanciais – não da natureza (pública ou privada) da instituição em si mesma. Se alguém tentou confundir no vosso espírito ambas as coisas (gestão da instituição e natureza da instituição), andou a tourear-vos. Dêem-lhe já uma cornada e acabem com a brincadeira.