Tendo constatado alguns deslizes no texto do meu artigo sobre a sociometria (caseira) da assembleia do Rossio, introduzi-lhe alterações na secção de notas e interpretações pessoais dos dados.
A todos aqueles que fizeram citações, reproduções e comentários, chamo a atenção para essas alterações.
Além da correcção de erros ou excessos de interpretação, foi acrescentada uma correlação que me tinha passado despercebida: o somatório dos desempregados e dos precários (ou seja dos desempregados efectivos) nas secções «cartão de crédito» e «dívidas aos bancos» é igual ou superior a 50%.
Este dado é da maior importância, pois revela a degradação das relações e do mercado de trabalho nos últimos anos. É evidente que quando as pessoas receberam empréstimos e cartões de crédito ainda podiam dar garantias de estabilidade financeira aos bancos.
Estes dados levantam uma questão essencial: a instabilidade do mercado de trabalho, tão querida e exigida pelas instituições financeiras e pelos políticos neoliberais, contém em si o descalabro do sistema de crédito financeiro – em especial num país como Portugal, onde a dívida interna ganhou um peso desmesurado por iniciativa das próprias instituições financeiras.
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