16/11/12

Tácticas de repressão – uma análise objectiva (1)

(actualizado em 27/11/2012 ; comentários encerrados até nova ordem)

Tentarei aqui analisar os factos ocorridos ao final do dia na manifestação da greve geral de 14/11/2012 em Lisboa, o significado das posições expressas pelos comentadores de serviço e a TV, o comportamento da polícia e o programa de acção do Governo em matéria de repressão para os próximos tempos.
Propositadamente não uso imagens neste artigo, para evitar introduzir factores emocionais.

A carga policial em São Bento, Lisboa – os factos

  1. Indícios de premeditação – Horas antes da manifestação, a polícia visitou os comerciantes da zona, aconselhando-os a encerrarem portas e protegerem os estabelecimentos, com o seguinte comentário: «Isto hoje vai ser duro». Estes factos foram confirmados no dia seguinte junto dos próprios comerciantes. É inegável, portanto, que houve métodos e objectivos planificados por parte das chefias paramilitares e do Governo.
  2. Agressões à polícia – É um facto, documentado por todas as televisões nacionais e estrangeiras, que um grupo bastante restrito de pessoas (6 a 12, a julgar pelas imagens) atirou pedras e bolas de fogo à polícia, durante um espaço de tempo muito prolongado, antes de esta ter ordem para molestar os manifestantes ou carregar sobre a multidão. Este grupo não é facilmente identificável, por estar mascarado. (Alguns sites têm procurado demonstrar que pelo menos alguns destes agitadores são membros da polícia, ao contrário do que afirma o ministro.)
  3. Novo material utilizado – A polícia aparece com novos escudos de corpo inteiro, como se estivesse à espera de uma chuva de pedras. Verifica-se também a utilização, pela primeira vez, de megafones por parte da polícia, no sentido anunciar a ordem de dispersão e assim anular a futura defesa em tribunal contra as acusações de «desobediência» e «resistência» às ordens da polícia – este expediente não resultou, porque o megafone não conseguiu sobrepor-se ao vozear da multidão.
    [adenda em 27/11/2012:] O corpo de polícia equipado com escudos adequados contra o apedrejamento limitou-se à linha da frente nas escadarias, em face da qual se encontravam os apedrejadores. Nas alas laterais os elementos da polícia não estavam devidamente protegidos e, estranhamente, nenhum apedrejador atacou por essas duas alas. Por conseguinte tudo indica uma planificação cuidadosamente programada. Estes factos são claramente visíveis nalguns vídeos, noutros não (consoante o ângulo e abertura de filmagem).
  4. Práticas e antecedentes e policiais – Não é a primeira vez que um grupo restrito de pessoas agride a polícia durante uma manifestação. Nuns casos essa actuação foi interrompida sem consequências de maior, noutros suscitou intervenção da polícia.
    1. Nalguns casos anteriores os próprios manifestantes pediram aos elementos que atiravam objectos contra a polícia que suspendessem o acto.
    2. Noutros casos tratava-se de provocadores infiltrados (polícias à paisana ou militantes de extrema direita) que foram identificados e isolados pelos próprios manifestantes.
    3. Quando as agressões não foram atalhadas pelos próprios manifestantes, a polícia accionou os seus mecanismos normais: a segunda linha de polícia faz uma sortida táctica, isola e detém os seus agressores. Esta reacção demora geralmente algum tempo – o tempo necessário para analisar a situação, identificar os elementos em questão e tomar decisões tácticas, imagino eu – mas de modo algum horas. Aliás, se a polícia necessitasse de horas para reagir a uma situação de agressão, estaria técnica e militarmente desclassificada...
  5. Alterações do comportamento padrão
    1. Desta vez não era possível identificar os agressores contra a polícia, por estarem mascarados. Não se sabe, portanto, a que campo pertenciam.
    2. Houve algumas tentativas por parte dos manifestantes de porem termo à agressão, mas desta vez não resultaram como das vezes anteriores.
    3. As agressões foram mais efectivas que de todas as vezes anteriores, não tiveram nada de simbólicas – envolveram arremesso de pedras de basalto, maiores e mais pesadas que as de calcário e que muito facilmente matam uma pessoa. (Eu próprio, que cresci numa zona problemática próxima de S. Bento, vi alguns colegas de escola serem mortos por uma simples pedrada de basalto, nos anos 1950-1960.)
    4. Deduz-se (na falta de outra razão alternativa) que o corpo policial presente no local teve ordens para suportar o suplício da chuva de pedras durante um período de tempo invulgar e portanto suspeito. Os testemunhos acerca desse período de tempo variam, podendo no entanto dizer-se que terá sido mais de uma hora.
  6. O papel da comunicação social – A análise atenta de todas as imagens e reportagens, respectivas origens e horas de gravação e emissão mostra que as chefias da polícia aguardaram pacientemente que todas as televisões nacionais e estrangeiras presentes tivessem gravado abundantemente as imagens da chuva de pedras. Só depois deram ordem de carga sobre os manifestantes.
    1. Os indícios de coordenação entre as chefias do Governo e as chefias dos órgãos de comunicação social mainstream são incertos e inconclusivos, mas tudo aponta nesse sentido. No frenesim de publicar notícias em cima do acontecimento, foram publicadas na Internet, por lapso, vídeos gravados no local pelas televisões, não editados e posteriormente retirados. Num deles ouvia-se as comunicações entre o estúdio e o repórter (ausente da imagem e inidentificável), em que este dizia: «Não, isso eu não digo. Recuso-me a dizer.» [cito de memória]
  7. Objectivo real da carga policial – A análise das imagens mostra que a carga policial arranca das escadarias, passa pela primeira fila de manifestantes e avança à bastonada sobre a multidão pacificamente situada por detrás da primeira fila (os agressores). [Adenda: Ver alguns pormenores parcelares sobre quem foi agredido e detido no Público].
  8. Diferenças de comportamento dentro do corpo policial – A análise das imagens é difícil neste aspecto. No entanto fica a ideia de que existem dois tipos de atitude entre os elementos da polícia: os que procuraram afastar as pessoas com um mínimo de danos e na base do diálogo, e os que arrearam a torto e a direito sobre toda a gente (incluindo pessoas com crianças, idosos e deficientes), parecendo ser estes a maioria. (Não cabe aqui fazer uma análise sobre as possíveis contradições internas e subjectivas do corpo policial.)
  9. Utilização de armas de fogo – Pouco depois ouvem-se disparos do lado da Av. D. Carlos. Os testemunhos são inconcludentes; as televisões e agências noticiosas falam de balas de borracha. As imagens não revelam nenhum motivo plausível para esses disparos – ou todas as câmaras estavam apontadas noutra direcção, ou os disparos tiveram um intuito simplesmente intimidatório com efeitos futuros.
  10. Uma nova táctica: intimidação dos jovens e respectivos pais – Realizaram-se rusgas a um quilómetro do local da manifestação, com detenção de adolescentes. Muitos deles nem sequer terão participado na manifestação.
    1. O local escolhido para fazer as detenções, completamente alheio aos acontecimentos da manifestação e respectiva carga policial, não pode ser considerado casual, mas sim premeditado. Poderia ter sido qualquer outro, a norte ou a sul, a leste ou a oeste – foi portanto deliberadamente escolhido. Trata-se duma zona onde é seguro encontrarem-se todos os dias adolescentes que se dirigem para zonas de restauração, encontro social e vida nocturna.
    2. Nas imagens disponíveis vemos algumas dezenas de adolescentes manietados, sentados no chão da calçada à espera de serem transportados para as carrinhas de detenção.
    3. Nas mesmas imagens vê-se amigos dos detidos que tentavam combinar com eles formas de auxílio (avisar a família e os advogados, etc.) serem escorraçados pela polícia. É criada uma zona de segurança e incomunicabilidade de mais de 100 metros à volta dos adolescentes detidos.
É aqui o momento de tecer algumas considerações acerca desta táctica, por ser ela novidade.
Em primeiro lugar, é necessário concluir que houve um plano premeditado dos poderes públicos para intimidar os adolescentes, criando um caso exemplar que os órgãos de comunicação social se encarregaram de amplificar.
Em segundo lugar, fazemos notar que a detenção não intimida apenas os adolescentes. Visa também ou sobretudo os pais, que na cultura actual adoptam atitudes de proteccionismo extremo e até castrador, exercendo um controle muito mais apertado do que durante os anos da ditadura, por exemplo. Depois de verem as imagens divulgadas, os pais criarão uma pressão enorme sobre os filhos para que estes «não se metam na política».
A juventude é, historicamente, um dos sectores que mais dores de cabeça causa aos poderes instituídos em épocas de confronto – mais do que o enorme contingente de reformados, por exemplo. Esta tendência histórica não pode contudo ser vista como uma fórmula linearmente aplicável na situação actual, porque muitas das características históricas passadas não se verificam materialmente na actualidade. A juventude portuguesa manifesta um claro desinteresse pela intervenção política (basta comparar com imagens e estatísticas de épocas passadas), um compreensível nojo pelas correntes partidárias e políticas, e um pendor claramente pacifista no que diz respeito à contestação política, embora não no que diz respeito a outros aspectos da sociedade – como o futebol, por exemplo, onde a violência agressiva das claques, as batalhas campais e as barricadas fazem a meia dúzia de lançadores de pedras de S. Bento parecer uns meninos de coro. Em comparação com décadas anteriores a 1980, as universidades portuguesas assemelham-se mais a jardins-escola infiltrados por delegações bancárias e agências de marketing, do que a locais privilegiados de pensamento, acção e transmissão de conhecimento (logo, de contestação), como lhes competia.
Vistas estas condicionantes actuais referentes à juventude, parece demasiado descabida a orientação táctica dos poderes públicos ao lançarem uma caça ao homem (e à mulher) no Cais do Sodré, a 1 km dos acontecimentos da manifestação – tão absurdamente descabida que temos de olhar para ela com maior atenção e procurar aí algum objectivo premeditado. Infelizmente, com os dados presentemente à nossa disposição, apenas podemos especular sobre esses objectivos e motivações.
A única coisa que nos vem à ideia a este propósito é a seguinte: a hipótese de o Governo estar a preparar novas medidas de austeridade e repressão para os próximos meses, com um grau de agressividade social tão profundo, especialmente ao nível da juventude, que foi decido tomar desde já um conjunto de medidas preventivas: desencorajar antecipadamente toda a participação cívica e contestação entre a juventude e pressionar os pais a sofrearem os filhos.

Direitos cívicos e humanos – os factos

Infelizmente não é possível procedermos aqui a uma análise comparada, que seria indispensável para caracterizarmos com precisão a situação política actual.
Uma das coisas que caracteriza a sociedade portuguesa é o desprezo pelo estudo permanente da realidade material e histórica, baseando tudo na opinião fortuita. Por isso não dispomos daquilo que seria desejável: uma análise objectiva permanente dos comportamentos policiais no que diz respeito a tácticas de esquadra e direitos cívicos e humanos, realizada por grupos de advogados de causa e organizações de direitos humanos. Teremos por isso de navegar à vista na nossa análise.
  1. Recusa de assistência de advogado – A todos os detidos foi recusada a assistência de advogado.
  2. Recusa de assistência familiar – A todos os detidos foi recusada a assistência e contacto familiar, com a agravante de muitos dos detidos serem jovens ou menores.
  3. Recusa de assistência médica urgente – A todos os detidos foi recusada assistência médica. Muitos deles encontravam-se feridos, alguns com gravidade evidente – caso de um jovem que tinha um hematoma de uma gravidade tal num dos lados da face, que o olho não era visível. À data em que estas linhas são escritas não sabemos ainda quais as consequências futuras dessa injúria.
  4. Tortura, práticas intimidatórias e práticas vexatórias – No Forte de Monsanto, para onde foram levados bastantes detidos e do qual possuímos testemunhos directos, foram adoptadas múltiplas práticas vulgarmente conhecidas em Portugal por «pidescas».
    1. Insultos e frases vexatórias – Durante a detenção, em especial durante o acto de revistar os detidos, foram ininterruptamente pronunciadas provocações, insultos, e frases que pretendiam inculcar a ideia de que aqueles jovens não deviam jamais meter-se em coisas políticas («devias era estar em casa a estudar, meu bardamerdas», etc.). Caso tivesse havido resposta a estas provocações, seria de prever uma escalada de violência por parte dos carcereiros, mas não temos testemunho sobre algum caso.
    2. Desnudamento e agachamentos – A maioria das pessoas foi simplesmente revistada, mas pelo menos num caso testemunhado uma jovem (em pé de igualdade com as outras no que respeita às circunstâncias inocentes da detenção) foi despida e obrigada a fazer agachamentos.
    3. Tortura da bexiga – Todas as mulheres entrevistadas se queixam de ter sido impedidas de aceder à casa de banho durante mais de duas horas, apesar de algumas manifestarem insistentemente a sua aflição.
    4. Tortura de cela e frio – O procedimento normal da polícia é o de retirar os atacadores dos sapatos, para segurança dos detidos (próprios e alheios). Neste caso foram-lhes retirados ao sapatos (a todos), obrigando os detidos a permanecerem toda a noite de pés nus em chão de pedra.
  5. Práticas de má-fé e potencial incriminação – Os detidos foram obrigados a assinar um papel com espaços em branco (contra todos os métodos administrativos instituídos) como condição previa à sua libertação. Desconhecem-se por agora as consequências desta manobra nos julgamentos e acusações subsequentes.
A primeira conclusão a retirar de tudo isto é que o Forte de Monsanto, para onde foi levado um lote escolhido de jovens detidos, foi previamente «apetrechado» com membros da polícia bem treinados em práticas pidescas de guerra e tortura.
Mais uma vez notamos aqui um comportamento premeditado e minuciosamente programado por parte do ministério correspondente. O tipo de provocações e agressões verbais praticado, visando propositadamente o tema da participação cívica ou política, é tão orientado que não pode ser casual. Os comportamentos demonstram coerência directiva e exigem treino específico.

O papel da comunicação social

Como já vimos, apesar da escassez de provas conclusivas, tudo aponta no sentido de haver uma atitude programada em relação ao papel da comunicação social.
A qualquer hora do dia e da noite que se ligue a televisão, encontramos comentadores a falarem sobre «as agressões à polícia» e a carga policial. Da direita à esquerda institucional, do Governo à oposição, todos os comentadores (e bem assim todos os entrevistadores) falam horas a fio das agressões à polícia em S. Bento.
Sendo certo que se ouviram de passagem alguns comentários acerca do sucesso da greve geral, todos juntos não chegam a ocupar 5 minutos de emissão nas televisões ao longo do dia. Os dados objectivos de adesão à greve não são divulgados e analisados. O maior tempo de intervenção sobre o assunto a que assistimos na TV provém de militantes do PSD, comentadores consagrados a quem não é possível cortar a palavra, que manifestaram a sua convicção de que a greve foi um sucesso e até explicitaram o facto de alguns sectores da UGT terem aderido.
Por outras palavras: a carga policial foi extremamente eficaz para anular (a nível nacional e internacional) a expressão da indignação generalizada perante as políticas do Governo.
O papel premeditado da comunicação é denunciado por um ou dois editores incompetentes que desastradamente fizeram títulos do tipo: «os confrontos apagaram o efeito da greve». Sendo certo que aquilo que o público sabe se resume àquilo que a comunicação social publica, torna-se evidente que quem apagou objectivamente o efeito da greve não foram 8 lançadores de pedras, mas sim a própria comunicação social.

O papel dos dirigentes sindicais

Como se sabe, não era tradição dos sindicatos fazerem manifestações durante as greves gerais. Este novo hábito, aparentemente imposto por iniciativa dos movimentos sociais independentes dos sindicatos, encorajou a CGTP a participar e partilhar a contestação na rua nestas ocasiões.
Na versão inicial deste artigo, por falta de informação, referi erradamente a ausência de delegados e dirigentes sindicais durante a carga policial. Rectifico esse erro, confirmando por vários testemunhos que alguns deles se mantiveram até ao fim lado a lado com os trabalhadores que representam, e peço desculpa pela incorrecção inicial.

Adendas e anexos

[adendas posteriores a 18/11/2012]
Sobre a alteração de padrões tácticos da polícia – Ver artigo do Correio da Manhã, citado em «Revista de Imprensa» do Diário de Notícias: «[...] o treino policial para intervenção em conflitos urbanos pressupunha que o Corpo da Intervenção da PSP, ao ser apedrejado à frente do Parlamento, tivesse em poucos minutos formado um cerco à dezena de agressores. Tal teria permitido que os agentes da PSP à civil, no meio dos manifestantes, efectuassem detenções cirúrgicas. [...] o facto desta manobra tática não ter avançado, por decisão do Comando de Lisboa, causou desconforto junto de responsáveis policiais.»
Sobre o papel dos dirigentes sindicais – Ver o comentário de TheRedHippieTeenager, que confirma a permanência de delegados sindicais na manif, desta feita, e a dos advogados da CGTP em socorro dos detidos durante a noite. Ver, mais acima, a rectificação da versão inicial deste artigo, que continha informação incorrecta sobre a presença dos delegados e dirigentes sindicais nos acontecimentos.
Sobre a atitude da polícia face aos seus agressores (ponto 7) – Um dos comentadores deste artigo contesta o ponto 7 acima, citando um vídeo citado que, ao contrário de outros que vimos na net, é filmado de uma perspectiva que não confirma o meu ponto 7. Mas o essencial continua a ser o seguinte: há apenas dois agressores da polícia (entenda-se: antes da carga policial) que foram posteriormente identificados e presos. Mais testemunhos e dados sobre assunto no Público.
Sobre direitos civis e humanos  – O mesmo artigo do Público já citado e alguns testemunhos que ouvimos na primeira pessoa revelam factos ainda mais graves do que aqueles que conhecíamos aquando da primeira versão deste artigo. Factos de enorme gravidade têm sido divulgados por testemunhos directos (independentes entre si e todos coincidentes nos factos descritos) abundantemente publicados na Internet.
Sobre o prolongado período de agressão à polícia – A greve geral e manifestação de dia 14/11/2012 foi antecedida por várias semanas de luta das organizações sindicais da polícia. Foi também antecedida de várias manifestações de rua em que, pelo menos em Lisboa, os manifestantes apelaram à solidariedade dos polícias enquanto cidadãos e ofereceram a sua solidariedade durante as manifestações de polícias. Quando as chefias obrigam o corpo da polícia a sofrer (sem necessidade) uma lapidação de mais de uma hora, temos de supor que se tratou de uma manobra deliberada para reerguer a barreira emocional e política entre as forças paramilitares e a população.

37 comentários:

  1. A partir de agora os dirigentes sindicais têm obrigação de saber que não podem deixar ao inimigo as mãos livres para encenar o pós-greve.

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  2. Alguém lúcido, por fim. Subscrevo totalmente as suas palavras, para mim está aliás bem claro, mas a maioria opta por comentários como "deviam ter batido mais" e outros como se vai ouvindo e lendo por aí.

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  3. Este video mostra que este ponto 7 é falso, os agrassores foram os primeiros a fugir, a policia nem chegou a passar por eles http://www.youtube.com/watch?v=lFbkjBoiKaE

    "Objectivo real da carga policial – A análise pormenorizada das imagens mostra que a carga policial arranca das escadarias, passa pela primeira fila de manifestantes onde estavam os agressores sem lhes tocar e avança à bastonada sobre a multidão pacificamente situada por detrás dos agressores. Nas imagens que analisámos nenhum agressor é molestado ou detido."

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    1. Não, não é falso o ponto 7. Veja as imagens e veja que eles descem a escadaría mas vão directos para a população que está atrás dos que atiraram pedras. Nesses não convinha bater porque estavam lá agentes infiltrados da polícia. Daí eles terem seguido. como cães raivosos, para a popolução que estava mais atrás.
      Antes de falarem, vejam imagens e vejam os vídeos.

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  4. a teoria do capo meio cheio ou meio vazio, para mim transbordou tarde por parte da policia.
    que tal por parte da policia aos seus parceiros de confronto a oferta de chá e bolinhos

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    1. Brilhante! Chá e bolinhos!
      Não tenho a mais pequena dúvida de que isso teria semeado a concórdia e o bom convívio entre polícias e manifestantes. Espero que os cortes orçamentais não inviabilizem essa acção.
      Grande ideia!

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  5. É óbvio que houve abusos policiais, e como sempre (não é novidade) premeditação. E claro que é mais premente hoje do que ontem.

    Agora foram mais do que 8 atiradores de pedras, e se foi uma táctica policial à partida funcionou muito bem porque houve aderência. Os manifestantes precisam de se organizar de forma a afirmar a não-violência. E se partir do nível sindical, melhor.

    Ao comentário do Luís, os atiradores de pedras já tinham cumprido a sua função (policias ou não), não é assim tão claro que não tenham fugido. Já a indiscriminação da violência policial é patente.

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  6. Amigo,

    Há aspectos importantes na sua análise, mas É FALSO que quem atirou pedras seja infiltrado ou provocador.
    São pessoas revoltadas, simplesmente, e cada vez mais heterogéneas.

    Embora desta vez a intensidade tenha sido maior, o arremesso de objectos à polícia tem-se repetido em todas as manifestações que acabam em frente à Assembleia: 15 Setembro, 5 Outubro, 15 Outubro, 31 Outubro e agora 14 de Novembro.

    É claro que a acção da polícia foi pensada e planeada.

    Não condeno ninguém que atirou pedras à polícia.
    Não considero isso violência sequer, quando comparado com a situação de miséria em que as pessoas estão a ser lançadas.

    Estes "arruaceiros" têm toda a minha solidariedade!

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    1. atirar pedras aos policias é VIOLÊNCIA, claro que não.
      apenas a subtituição da feira popular onde havia o jogo das bolas de trapos atiradas as latas por pedras aos policias
      ate pq policia nao é pai, nem é filho de niguem, não é homem nem mulher, apenas um boneco q se atira pedras

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    2. Não é um boneco mas é como se fosse. Está lá para lhe dar porrada quando chegar a altura. Não está lá para o proteger, isso é um engano que ficou provado dia 14.

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    3. o Policia, verdadeiro, se fosse Pai e Filho de alguem, tinha vergonha na cara! voces, Policias, juram bandeira a uma Patria, a uma Republica, não juram bandeira a um circo politico cheio de corruptos que roubam a população todos os dias. SIM, aquela população que vos paga o ordenado ao fim do mes!

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    4. es policia?? pensa: nesta altura em que cortam em tudo onde foram cortar para vos aumentar? e para quê?

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  7. Embora seja uma boa análise dos acontecimentos, acho que vale a pena é focarmo-nos num ponto, que também acima é referido. A quem interessa e interessou todo o circo à volta dos acontecimentos? Porque está o governo tão incomodado com o crescente protesto? Porque aparecem tantas pessoas e organizações com posições de divisão, sejam de "dita" esquerda ou de "dita" neutralidade, culpando polícias, cgtp, pcp, trabalhadores, sindicatos, estivadores etc etc
    Em relação ao ponto dos dirigentes sindicais, tenho a dizer-lhe que de costume em manifs da cgtp, quando se apercebe que existem grupos para criar confusão, os dirigentes alertam os trabalhadores para dispersar, não por medo, porque simplesmente não interessa ficar a atirar pedras! A coragem reside nos trabalhadores que fizeram greve, que enfrentaram e enfrentarão, a chefia, o patrão ou a administração. Que serão alvo de tentativas de repressão patronal. Que estiveram dia e noite nos piquetes de greve a falar com colegas em posição de dúvida, ao frio, e em muitos casos, com a polícia a ir muito além das suas funções! Que perderam o salário do dia em protesto. Isso não passa na televisão! Isso é abafado porque assim interessa. O que me faz confusão, não é o aproveitamento por parte do governo e da comunicação social dos incidentes. Mas o porquê de alguns partidos e movimentos da "dita" esquerda, em ajudarem a criar as condições para que tais actos aconteçam. Porque hà interesse das "ditas" esquerdas à direita em conotar pricipalmente a cgtp e o pcp com os incidentes? Fica para reflexão.

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  8. Já agora, vejam aos 51 segundos deste vídeo uma perigosa avozinha de cara destapada a atirar um objecto à polícia.

    http://www.youtube.com/watch?v=QMp3unIEs3c&feature=related

    Um acto de ginástica revolucionária cada vez mais habitual, felizmente!

    Vivam as arruaceiras!

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  9. Já se sabe que existem estratégias e esquemas sujos para desvirtuar o papel de uma manifestação e desencorajar futuras ações do género.

    No futuro aprendam a lição e não caiam nas estratégias em curso. Não lhes façam a vontade. Não sejam patos.

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  10. Temos de fazer algumas observações a propósito dos comentários aqui propostos até à data:
    1) Não tencionamos publicar tudo o que nos cai no regaço. Não nos prestamos a servir de púlpito à disposição de opositores encarniçados, como é prática noutros sites - quem quiser é livre de construir o seu próprio púlpito pelos mesmos meios que nós usámos. Não nos consideramos uma instituição de utilidade pública ao serviço de um suposto debate «democrático» nem somos subsidiados para o fazer.
    2) Assim, a título de exemplo, comentários de conteúdo neonazi ou similar serão liminarmente vetados.
    3) O aproveitamento ou simulação de argumentação a propósito de um artigo nosso, com o simples objectivo de expandir quezílias e raivas entre grupos, não será tolerado.

    Na presente série de comentários, até à data, todos foram aprovados porque este aviso não estava feito. A partir de agora ficam avisados.

    Última nota: verificamos (em muitos artigos e comentários publicados na net) uma enorme confusão à volta dos conceitos de revolta, violência, etc. Tentaremos contribuir para esse debate, tornado urgente por força das circunstâncias, noutro artigo a publicar em breve.

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  11. Tanta conversa o que eles querem e estão a conseguir é separar o povo isto é tudo montado para que o pessoal deixe de se manifestar, a Senhora no fim do video disso tudo "Ele voltou"...

    http://www.youtube.com/watch?v=QMp3unIEs3c&feature=related

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  12. Brilhante! A infomação factual carreada é importantíssima. A análise, exemplar.
    Eu tinha a ideia de que a ação repressiva tinha sido premeditada. Por um lado, para demonstrar determinação. Por outro lado, para amedrontar os jovens e todos os potenciais manifestantes.
    No entanto penso que, com o agravamento da situação económica, a polícia já não vai necessitar de colocar agentes infiltrados e mascarados a atirar pedras. Os jovens dos bairros socias irão lançar pedras de outra maneira, utilizando, na base de uma organização mínima, outras táticas, incluindo a do ataca e foge, a fim de fragmentar a ação do corpo policial. É claro que as televisões não irão estar lá, mas esses jovens encarregar-se-ão de filmar os distúrbios e enviá-los para as televisões. A antiga cintura vermelha de Lisboa, hoje a cintura dos marginalizados, poderá atear muitos focos de declarada rebelião. Quando a revolta deixa de ser comanda pela cabeça e começa a ser motivada pelo estômago, não há nada a perder.
    Esta é a minha visão para o próximo ano.

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  13. Excelente a sua análise! É assustador o que países como a Alemanha, e não só, querem fazer à nossa nação, torná-la como nos tempos da revolução industrial e com os operários ainda gratos pela côdea de pão…

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  14. Voltei. Fiquei a pensar no facto de os adolescentes serem o alvo. Acho que, para além do que sugere (e veja-se já a anunciada passagem para o ensino superior de verbas antes destinadas ao ensino obrigatório de que se falou esta semana), o motivo pode ser outro, a médio-longo prazo: o país poderá ficar empenhado durante décadas...

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  15. Fui um dos Jovens Detidos em Monsanto e queria aqui desmistificar algumas das coisas ditas acerca da CGTP. Muitas pessoas da CGTP ainda se encontravam na Manifestação no momento da carga, eu próprio não sendo filiado, sou apoiante da CGTP e da InterJovem.
    Um dos detidos é um Sindicalista da CGTP.
    Quando sai da prisão de Monsanto encontrei uma advogada da CGTP que já lá estava há mais de 2 horas, com comida para todos os detidos, e que ficou todo aquele tempo a exigir e a demonstrar para as redes sociais como aquilo que nos fizeram foi Sequestro e não uma Detenção Legítima.
    Tudo o que disseram tem muita razão, com esta excepção. A CGTP não pode ser culpada nisto, e a importância da greve que levaram para a frente foi fundamental.

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    1. E se me permite, não tenciona proceder judicialmente contra esta atitude? Todos deveriam de o fazer, mesmo sabendo que tudo ficará em "águas de bacalhau"

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  16. As forças de segurança, PSP e GNR, não são militares! Peço assim ao redator deste blogue que tome maior atenção ao que escreve por forma a evitar interpretações incorretas do que publica.

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    1. Tem razão, agradeço a chamada de atenção - numa das frases saiu-me «militar» em vez de «paramilitar». Corrigido.

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    2. no meio deste texto brilhante, um Policia aqui, so tem a capacidade de interpretação do que lhe convem. é incrivel como pagamos impostos para dar empregos a tipos destes!

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    3. Boas,

      paramilitar, apenas a GNR, os Policias não são.

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  17. Relativamente ao parágrafo:

    "Sobre o prolongado período de agressão à polícia – A greve geral e manifestação de dia 14/11/2012 foi antecedida por várias semanas de luta das organizações sindicais da polícia. Foi também antecedida de várias manifestações de rua em que, pelo menos em Lisboa, os manifestantes apelaram à solidariedade dos polícias enquanto cidadãos e ofereceram a sua solidariedade durante as manifestações de polícias. Quando as chefias obrigam o corpo da polícia a sofrer (sem necessidade) uma lapidação de mais de uma hora, temos de supor que se tratou de uma manobra deliberada para reerguer a barreira emocional e política entre as forças paramilitares e a população."

    devo informar que a solidariedade oferecida pelos cidadãos à manifestação da PSP foi TOTALMENTE REJEITADA por aquela classe, pois obrigaram manifestantes civis a se absterem durante a mesma, obrigando-os a recuarem para trás. Eu vi, estava lá e fiquei indignado com esta atitude.

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    1. Ouvi falar disso, mas não atribuí importância. O que me pareceu mais interessante (e capaz de deixar rasto) foi a atitude de solidariedade manifestada, não tanto a recepção dessa solidariedade. A recepção poderá obviamente ter sido influenciada pelo receio do que a solidariedade externa pudesse trazer por arrasto. Há muitos factores humanos aqui em jogo - o ministro ainda não teve verba para comprar Robocops - e ainda bem que assim é.

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  18. Dina Loureiro19/11/12, 00:09

    Apenas um beijo e um :) Não desista nunca de lutar pelos seus ideais.
    Quando tinha 18 anos, numa manif a favor de um estudante preso, também a policia carregou selváticamente, recordo-me ainda hoje que a dor do bastão é dolorosa, mas nada que ainda hoje me impeça de lutar pelos meus, vossos nossos ideiais, de uma sociedade mais justa.
    também estive nessa manif, e nas outras e mesmo sabendo, que isto foi tudo uma manobra, para nos derrubarem e nos encherem de medo, continuarei a ir, a erguer a bandeira de uma sociedade mais justa, para que os meus filhos, os meus netos não tenham vergonha, da minha geração.
    Só espero que muitos e muitos mais jovens acordem e lutem também pelo direito ao trabalho ao ensino á saúde.
    Força minha querida e obrigado pelo seu testemunho.
    Não ligue a alguns comentários que por aqui constam.
    São seres humanos desprovidos de tudo!..............

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  19. Sendo polícia no Corpo de Intervenção, posso dizer-vos que: Sempre que se mostrar necessário vou cumprir a minha obrigação estando em todos os locais em que seja solicitada a minha comparência para repor a ordem pública. Sempre que criminosos, que destruindo propriedade pública de todos, e que ao mesmo tempo que o fazem, me injuriam, atirando ainda contra mim e contra os meus colegas pedras ou qualquer outro objecto passível de provocar lesões e achando que ao faze-lo estão a fazer alguma coisa pelo país, não merecerão como é óbvio nenhuma consideração da minha parte na hora do meu bastão descer sobre os seus corpos. Todos os civis, que, estando no local do respectivo crime não o abandonem ficando assim a observar passivamente um crime contra mim ou contra qualquer outro meu colega e não procedendo atempadamente ou tentando efectuar a detenção desses mesmos criminosos conforme a lei permite fazer, será considerado por mim, também criminoso.
    Toda a minha força será concentrada no bastão ou em qualquer membro do meu corpo que seja necessário para repelir esses criminosos da minha pessoa ou de qualquer um dos meus colegas. Se esses criminosos forem meus conhecidos, amigos ou familiares, tentarei desferir o golpe com mais 10% de toda a minha força.
    P.S. Irei poupar crianças com menos de 10, idosas com mais de 60 e idosos com mais de 80 anos de idade. Obrigado pela vossa atenção. A Fortiori

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    1. Uma resposta precipitada ao comentário deste sr. Polícia Anónimo provavelmente cairia na tentação de aplicar a mesmíssima lógica, dizendo assim: todos os representantes da autoridade que fiquem a assistir impávidos e serenos a uma agressão praticada por um colega seu sobre um inocente transeunte que teve o azar de passar ao lado duma cena de crime, não dando ordem de prisão ao agressor como lhes compete, serão por mim considerados co-autores do crime e chacinados in situ com todas as armas ao meu alcance.
      Agradeço que ninguém tente publicar aqui comentários deste tipo, que serão liminarmente rejeitados por um motivo muito simples: este site não subscreve a lógica e os métodos de poder inerentes ao texto deste sr. Polícia Anónimo, nem faz tábua rasa dos direitos civis e humanos universais.
      Pela mesma ordem de razões, não serão aqui publicados mais comentários como o do sr. Polícia Anónimo. Este passou apenas com fins pedagógicos.
      Para cumprir o exposto na página «Normas dos comentários» creio que chegou a hora de encerrar os comentários ao presente artigo. E também para que se mantenha o bom senso e a urbanidade com que tentei escrever o artigo.

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    2. Sr. Polícia Anónimo, ninguém duvida que deve cumprir o seu dever, como aliás qualquer profissional, em qualquer área. O que não me parece é que tenha cumprido o seu dever ao bater indiscriminadamente em toda agente que lhe aparece à frente. Aí deixou de ser um profissional e passou a ser um "jagunço" cego. Se é como diz, devo então presumir que a polícia, para deter um assaltante ou qualquer outro criminoso, vai bater em toda agente que encontre pelo caminho?? Use mais a cabeça e menos o bastão...

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    3. Caro CI, a lei é para todos e o que diferencia um polícia de um criminoso é o cumprimento da lei, portanto se não cumpre a lei, não é um polícia:
      Só para que se recorde no que concerne ao uso do bastão, a NEP diz o seguinte:
      a. Constitui o meio básico de aplicação de técnicas de impacto, podendo ser igualmente utilizado como meio de controlo, restrição e condução de pessoas;
      b. Sempre que não esteja a ser utilizado, deve ser transportado no respectivo coldre ou outro dispositivo adequado, exceptuando-se os casos em que os elementos policiais se façam transportar em viaturas e o bastão provoque manifesto incómodo;
      c. O bastão não deve ser empunhado como meio intimidatório, excepto se esse acto se destinar a evitar o uso efectivo do mesmo;
      d. Regras de utilização:
      1) O bastão não deve ser usado com objectivo diferente daquele a que se destina, nem empunhado por parte diversa da destinada a esse fim;
      2) Os impactos desferidos com o bastão devem visar, prioritariamente, as áreas corporais VERDES;
      3) Revelando-se os impactos nas áreas corporais VERDES manifestamente ineficazes, podem ser desferidos impactos nas áreas AMARELAS;
      4) Independentemente das áreas corporais visadas, os impactos devem ser aplicados de cima para baixo e em trajectórias oblíquas relativamente ao visado;
      5) Durante da execução do impacto, o cotovelo do braço que empunha bastão, não deve, por princípio, ultrapassar a altura do ombro;
      6) São proibidos impactos nas áreas VERMELHAS, excepto nas situações que se enquadrem no disposto no ponto 5.1.4 do capítulo anterior. Impactos nestas áreas são considerados utilização de meios coercivos de elevada potencialidade letal.

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  20. http://www.youtube.com/watch?v=bzodV6ogQwE&feature=endscreen&NR=1

    Custa-me um pouco criticar a policia ao ver este vídeo.
    Em todo caso também me pergunto porque a policia não fez nada mais cedo e de uma maneira mais "pacifica".
    Penso que a força de intervenção tem táticas mais inteligentes para por fim a uma situação destas e visto que os arremessadores de pedras profissionais estavam todos em frente a eles!!

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  21. Excelente análise, eu estive presente, esta análise encaixa muito bem no que realmente se passou. Agora é preciso continuar e estar cada vez mais presente nas manifestações. Viva Portugal!

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  22. SIM!! é isto mesmo, é disto que precisamos! de pessoas brilhantes com capacidade de argumentação, com caracter, personalidade e dignidade acima de tudo! não deixem morrer o meu País nas mãos de corruptos e fascistas. um dia vamos todos morrer e eu, pessoalmente, quero deixar algo com futuro aos meus filhos!

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  23. MUITO BOM E BEM DOCUMENTADO E ESPLICADO..ISTO ESTA A FICAR ASSUTADOR.TEM DE SE TOMAR MEDIDAS--RAPIDO..

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