«Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa: salvar a humanidade.» - Almada Negreiros
02/11/17
31/10/17
Balanço da 5ª Cimeira por um Plano B para a Europa
Realizou-se em Lisboa, no fim de semana de
21-22/Outubro/2017, o 5º encontro internacional por um Plano B para
a Europa. Trata-se duma iniciativa ainda pouco divulgada mas que
interessa à generalidade das populações europeias, por isso
tentarei explicar do que se trata e fazer um balanço da situação – um balanço parcelar e abreviado, que deve ser entendido como uma impressão subjectiva, por não ter sido discutido em nenhum colectivo.
09/10/17
Dois inimigos juramentados: legalismo e autodeterminação
O referendo independentista catalão tem sido
tratado em moldes legalistas e institucionais pela maioria dos
comentadores. Ora o cerne da questão não é jurídico,
constitucional ou institucional, mas sim histórico e político.
Adiante tentarei elucidar o que isto significa.
Vemos jornalistas, comentadores – nomeadamente
escritoras de renome –, com assento permanente nos púlpitos
televisivos, afirmarem coisas como: se nos pomos agora a permitir que
todas as populações com remotas razões históricas reivindiquem a
independência, qualquer dia temos os Algarves, a Madeira e os Açores
a pedirem a independência. O grau de disparate deste tipo de
afirmações é confrangedor.
20/07/17
Fogos, relatórios, inquéritos e teses: Hades cá vir
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Em pleno Hades de desolação e cinza, um porto salvo, graças à reflorestação por iniciativa das populações. Foto publicada no Jornal de Leiria, sem autor explícito |
Todos os anos (ou quase) os poderes públicos constituem comissões de inquérito, estudo e investigação, com o fim de resolver o problema. Já iremos nesta altura com umas boas 50 comissões de estudo, relatórios e teses. A solução é pois conhecida: abolir o plantio extenso de eucaliptos. Porém, o lobby dos madeireiros e da indústria madeireira tem mais força que 50 relatórios técnicos e académicos. Só a iniciativa autónoma das populações pode pôr fim à calamidade.
02/03/17
A casa … de quem?
Ontem ao fim da noite ligo a televisão e dou de
caras com o final dum anúncio a uma futura emissão da TVI.
Vislumbro apenas o título, algo do género: «A casa de quem constrói as casas».
Fiquei tão entusiasmado com o que supus ser uma rara iniciativa para
mostrar ao mundo as condições de habitação do trolha que constrói a casa da
educadora de infância, do médico ou do milionário com visto gold,
que imediatamente carreguei no botão de recuar na emissão e ver o
anúncio de início. Surpresa: a série não pretende dar a conhecer
a habitação de quem constrói as casas, mas sim a de quem as
projecta (idealiza em abstracto) por encomenda de quem tem poder e
capital acumulado – ou seja, a TVI quer mostrar-nos as casas dos arquitectos e espera certamente que nos babemos a vê-las.
Acaso ou não, esta iniciativa da TVI surge numa
época em que várias câmaras municipais – com particular
destaque para a Câmara da Amadora – tentam branquear o facto
brutal de continuarem a despejar e a arrasar as casas de muitas
pessoas que constroem, limpam e cuidam … das casas dos outros. «Até
há pouco, o consenso [na Assembleia da República e no Governo] era
de que não fazia sentido falar em problemas e propostas para a
habitação, não era prioridade para ninguém, e por isso o
testemunho da relatora das Nações Unidas para a Habitação
Adequada foi um murro no estômago» (in http://www.habita.info/,
7/01/2017, por Rita Silva).
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